@MASTERSTHESIS{ 2015:1098498950, title = {Figurações dos preconceitos e da marginalidade em Clara dos Anjos}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/318", abstract = "No presente trabalho, refletiremos sobre as figurações do preconceito e da marginalidade no romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto, entendendo que o preconceito é um dos fatores mais perversos das relações sociais, que leva à exclusão e, consequentemente, à marginalidade. Entende-se como marginal, nesta dissertação, o indivíduo que, por motivos diversos, é postergado, excluído, mas não tendo relação, necessariamente, com a prática de atos ilícitos. O criador de Clara dos Anjos é considerado, aqui, como um autor marginal, por viver no subúrbio do Rio de Janeiro, ser negro, pobre e sofrer as consequências desses estigmas. Mais que isso, afirma-se que é um precursor dos atuais autores Marginais de Periferia, como Ferréz e Sérgio Vaz. Trata-se do preconceito, em algumas de suas vertentes, partindo de elementos e aspectos detectados na análise literária do romance Clara dos Anjos. Para esse fim, intentando aprofundar essa imbricação do preconceito com a exclusão social (um dos aspectos principais da ”marginalidade”, como aqui é entendida), procurou-se aprofundar reflexões sobre as principais vertentes do preconceito sofrido por Lima Barreto e sua obra: o preconceito social, propriamente dito - centrado na problemática da pobreza -; o de gênero; o de raça e o de linguagem. Têm-se, como fios temáticos condutores principais, aspectos identitários da “Era da Globalização” e a questão da marginalidade na literatura contemporânea. Uma das premissas do trabalho está centrada no fato de que Lima Barreto foi considerado desleixado, em termos literários, por alguns críticos importantes de sua época. Em consequência disso, a obra limabarretiana foi classificada, por muitas décadas, como menor, por diferenciar-se do padrão literário tradicional. Dá-se ênfase, também, à problemática do preconceito em relação à língua, pois a mesma permanece sendo uma ferramenta a serviço das hierarquias sociais. Na prática, quem não se encaixa no padrão estabelecido pode ser considerado “subalterno” - para lembrar do termo utilizado por Gayatri Spivac, em sua obra Pode o subalterno falar? Por fim, este trabalho apresenta uma abordagem interdisciplinar, bibliográfica e interpretativa. Busca-se contribuições de vários campos do saber, com ênfase nas reflexões no campo da Língua Portuguesa, da Literatura, da Antropologia, da História, tendo como escopo teórico mais relevante as obras de Stuart Hall; Zygmunt Bauman, Carlos Bagno, Gayatri Spivak; Alfredo Bosi; Joel Rufino dos Santos, Érica Peçanha do Nascimento e João César de Castro Rocha.", publisher = {Universidade do Grande Rio}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras e Ciências Humanas}, note = {Unigranrio::Letras e Ciências Humanas} }