@MASTERSTHESIS{ 2015:570515863, title = {A geografia das margens: um estudo sobre a relação entre espaço e a opressão social em Lima Barreto}, year = {2015}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/319", abstract = "Esta pesquisa tem como objetivo buscar um diálogo entre duas linhas de investigação, a Geografia e a Literatura, dando ênfase às problemáticas da opressão e da exclusão social, na obra de Lima Barreto, com ênfase em suas crônicas. Esta dissertação abre um leque de oportunidades para compreender as relações humanas, seu meio, seus pares e o espaço que o homem ocupa. A Literatura, como expressão artística e reflexiva, pode ensejar o aprofundamento de questões do espaço geográfico, estabelecendo a compreensão entre as partes, através da interação homem-espaço e lugar. Assim como a geografia buscou estreitar seu objeto de estudo – o espaço, com as demais ciências, a literatura também não ficou inerte, conseguiu dar voz a um grupo de escritores cujas expressões artísticas, oriundas de classes menos privilegiadas partiram num movimento em defesa de suas próprias narrativas. Surge então, a Literatura-marginal, ao longo do tempo, com suas diversas nuanças e peculiaridades, abordando aspectos relativos à exclusão social e ao preconceito, em diversos níveis. Esses “autores marginais” foram (ex)postos, de alguma maneira à margem dos cânones literários. Abordaram temas significativos como a fome, as desigualdades, injustiças sociais e políticas, a miséria, o preconceito e a discriminação sofridos não só pela classe intelectual como também por uma parte da sociedade composta pela elite dominante. De Lima Barreto, passando por Carolina Maria de Jesus, pela Geração mimeógrafo, o termo marginal já foi utilizado para denominar diversos grupos, bastante diferentes entre si, culminando com os autores como Ferréz e Sacolinha, da COOPERIFA (Cooperativa dos escritores marginais de periferia). Sem intentar tratar especificamente da literatura Marginal, esta dissertação tangencia esse tema. Lima Barreto viveu um Rio de Janeiro conturbado política e socialmente, na virada do século XIX para o XX, por ocasião da forte interferência da cultura europeia, importada pelos governantes da época. A formação do espaço criado pela influência estrangeira, conhecida como a Belle Époque, provocou profundas transformações não só nas instâncias da geografia, mas principalmente no que tange à esfera psicossocial da população. Essa influência, além de atingir os hábitos e os costumes da população, refletiu-se também no contexto da língua. A obra ficcional de Lima Barreto não obteve a aceitação esperada por ele. O autor lutou pela valorização da literatura, pelo respeito à cultura brasileira e, fundamentalmente, contra a opressão e à exclusão social.", publisher = {Universidade do Grande Rio}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras e Ciências Humanas}, note = {Unigranrio::Letras e Ciências Humanas} }