@MASTERSTHESIS{ 2016:1890450832, title = {Consequências da ação organizacional sob a perspectiva de macromarketing: o mercado da morte}, year = {2016}, url = "http://localhost:8080/tede/handle/tede/140", abstract = "Consequências da ação de mercado são cada vez mais presentes nas agendas das sociedades, Estados e organizações. Seus efeitos podem ser observados em indústrias com grande agregação econômica e muito estudadas, como a de papel e celulose, petrolífera ou tabagista. Contudo, é possível ampliar este universo de estudo sobre mercados menos evidentes e muitas vezes até negligenciados como, por exemplo, o mercado funerário (também chamado fúnebre ou da morte). Comumente a morte não é pensada em contexto de mercado mas, no Brasil, este mercado movimenta mais de R$ 1 bilhão ao ano e está em crescimento. O mercado da morte, constituído por práticas dos seus agentes, possui características que configuram um sistema de marketing gerador de consequências nem sempre aparentes em alguns estudos centrados na relação produtor-consumidor. Assim, o objetivo desta pesquisa é discutir as consequências originadas nas práticas organizacionais no mercado da morte. Embora seja vasta a literatura sobre a morte em campos como medicina, enfermagem, história e antropologia e existam alguns estudos voltados para aspectos relacionados a mercado, o tema ainda é negligenciado no campo da administração, sobretudo com uma perspectiva de macromarketing. Devido à escassez de estudos sobre o tema no campo da administração, adotou-se para esta pesquisa uma estratégia qualitativa com o método análise de conteúdo para tratamento de documentos públicos e entrevistas pessoais em profundidade realizadas com os próprios agentes no mercado da cidade do Rio de Janeiro. Os resultados revelam uma reforma de mercado em curso, devido aos recentes ilícitos na gestão do serviço público. A reforma conduzida pela prefeitura produziu alterações no mercado; porém, segue distante dos seus melhores efeitos devido à concentração de poder no agente concessionário. Consequências dos ilícitos, da reforma em progresso e da atividade produtiva rotineira dos agentes têm efeitos econômicos, ambientais, culturais e para a saúde que recaem sobre a sociedade, sobretudo a população de baixa renda. Dentre as conclusões, destaca-se a coexistência das forças culturais religiosas, legais e econômicas contribuindo para moldar o mercado em um sistema que se estende pelo alcance das práticas de trocas existentes. O sistema de mercado da morte possui dois agentes poderosos. O primeiro é o enlutado, “dono do corpo falecido”. O segundo é o cemitério ou crematório que controla o destino final do corpo. Entre os dois, encontram-se agências funerárias pressionadas pelo poder público e por entendimentos culturais da morte, enquanto clientes fragilizados, vulneráveis e ignorantes tornam-se reféns do sistema. As iniquidades e assimetrias de poder entre os agentes aprofundam consequências sociais negativas. Como contribuições emergentes da pesquisa, apresenta-se uma tipologia de agentes de mercado, um quadro operacional para se pensar políticas públicas e indica-se possíveis políticas públicas para o mercado da morte a serem exploradas em futuras pesquisas.", publisher = {Universidade do Grande Rio}, scholl = {Programa de Pós-Graduacão em Administração}, note = {Unigranrio::Administração} }